Qual a memória mais antiga que você lembra? Vou compartilhar a minha e você pode me contar a sua nos comentários.
Minha primeira lembrança sou eu com uns 3 ou 4 anos segurando uma toalha pequena com uma imagem do fundo do mar (ela era um quadrado e eu achava demais, porque todas as toalhas que eu conhecia eram no formato de um retângulo). Eu não sei explicar o porquê dessa ser a minha primeira memória, só sei que é assim.
É curioso pensar sobre lembrar & esquecer: às vezes a gente guarda uma infinidade de informações “inúteis”, tem mil métodos para lembrar das importantes e tem também aqueles momentos mágicos da vida que a gente quer guardar em um potinho para poder acessar sempre. ✨
É sobre esses últimos que eu venho pensando. Semana passada, passei uns dias em um lugar encantador. Uma casa cheia de natureza, cuidado e um aura “mágica”. Tudo que eu queria era guardar um pouquinho de tudo aquilo em mim.
Hoje, nosso caminho para fazer isso é com fotos e vídeos mil (sim, eu fiz isso, é claro), mas tudo que emociona fica marcado num lugar que não é das coisas comuns ou necessárias.
Inclusive, esta semana meu professor de Teatro nos disse que “Decorar é saber de cor, do coração”. Curiosidade: antigamente, imaginava-se que o coração era o órgão responsável pela memória.
Eu me lembro de você…
Ao mesmo tempo que momentos especiais marcam as nossas vidas, nós deixamos as nossas marcas nas vidas das pessoas por aí. Eu estou lendo “A vida invisível de Addie Larue” e toda a premissa do livro parte da ideia de uma mulher que faz um acordo para viver o quanto “puder” sob a condição de ser esquecida por quem a conhecer.
Claro que essa condição não estava clara assim no começo, ela sofre um tanto até conseguir aproveitar as benesses de uma vida sem fim. Trazendo para uma análise das nossas camadas, ser esquecida é uma sensação bem ruim. Mas, por outro lado, ninguém quer ser lembrado por coisas ruins.
É natural querer deixar sua marca no mundo, existem diversos caminhos para se fazer isso (muitos deles passam pela arte, na minha visão). Mas existem as marcas que deixamos apenas por ser quem somos, por termos o jeito que temos, por passarmos uma “primeira impressão” X ou Y.
Há quem tente controlar a imagem que os outros fazem, mas ninguém consegue ser uma personagem 100% do tempo. A essência sempre acaba vazando pelas pontas soltas, seja para o bem ou mal.
Qual marca você deixa nas vidas que esbarra?
Obrigada por acompanhar até aqui 🤎 Até a próxima quarta,
Mavi Vieira 🍂
Fiquei intrigada com o livro, Mavi. Seu texto me fez lembrar do podcast que estou ouvindo cujo nome é "Pra Não Passar em Branco" em que a Hariana Meinke faz essa indagação ao final para cada convidada. Fica a indicação se vc não conhecer <3