Entrecamadas #10 - Sua jornada tem risada?
Quando você se propõe a fazer algo, você consegue curtir o processo ou primeiro faz o trabalho árduo para só depois aproveitar os refrescos?
“Eu escolho viver minha jornada com diversão e entusiasmo” – recentemente, coloquei essa frase como papel de parede do celular para lembrar diariamente a importância de desfrutar dos processos.
Já vou logo confessar que tenho bastante dificuldade em fazer isso no dia a dia. Venho de uma lógica em que primeiro fazemos o trabalho árduo para depois colher os frutos.
Aos poucos, fui aprendendo que a vida não precisa ser tão ‘travada’ e que se divertir durante o caminho é fundamental para sentir que suas escolhas estão fazendo sentido.
Não estou falando sobre jogar tudo pro alto e viver sem se responsabilizar. Mas sobre conseguir encontrar o “flow” no cotidiano.
Sobre mães & irreverência
Até aí, tudo bem. Muito lindo e inspirador. Mas como colocar isso em prática? Eu admiro pessoas que têm uma facilidade natural para viver com leveza.
Sabe aquela gente irreverente que para todo obstáculo encontra uma solução? Aquele povo que escolhe levar a vida rindo, mesmo quando a situação é tensa?
Eu tenho um exemplo disso em casa: minha mãe é, provavelmente, uma das pessoas mais descomplicadas do mundo. Ela se diverte e cativa quem está ao redor para ver a vida de um jeito bem mais legal.
Mas, tudo bem, você não conhece a minha mãe. Só que não sou só eu que tenho uma mãe que sabe aproveitar a caminhada.
Nesta entrevista do Roda Viva de 1992, Fernanda Torres fala sobre sua relação com a mãe (Fernanda Montenegro) e revela que uma das coisas mais legais de atuarem juntas foi que ela descobriu que a mãe vira uma criança durante os ensaios e que a profissão é sua fonte da juventude (deve ser mesmo, afinal 92 anos).
Saber disso me deu um quentinho tão gostoso no coração. A nossa Dama do Teatro se diverte ensaiando, topa fazer loucuras no palco e, talvez, seja justamente essa disponibilidade para o fora do comum que faça seu trabalho ser tão grandioso.
Somos meros viajantes
No final das contas (e desse texto), eu não sei se existe uma fórmula para colocar isso em prática. Mas imagino que tenha a ver com olhar para a vida como nós somos: meros viajantes.
Sempre que estamos fora de casa, reparamos mil vezes mais nos detalhes e aproveitamos cada instante porque sabemos que é uma oportunidade única.
Levar esse olhar para todos os dias e todos os lugares é o que eu estou fazendo (ou tentando). Talvez não seja a resposta final, mas errar e aprender faz parte de curtir a caminhada.
Como é isso para você?
Você é do time sofre primeiro e celebra depois ou faz parte da galera que aproveita a jornada com leveza? Bora conversar! 👇
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Até a próxima quarta,
Mavi Vieira 🍂